O cérebro humano é algo fascinante: nessa massa cinzenta que controla tudo em nosso corpo, incluindo sentidos, sentimentos e emoções, está o controle de nossas funções corporais, e nós seres humanos sempre tentamos compreender como essa máquina realmente funciona.
Com essa curiosidade veio, no início da década de 70, a Programação Neurolinguística, que busca estudar como funcionam nosso cérebro e mente, analisando os pensamentos e como são criados e, ainda, como podemos reprogramar o conteúdo de sentimentos, estados emocionais e comportamentos.
Todo esse papo de reprogramar sentimentos lembra um pouco o filme “Inception” (A Origem). Porém, no caso da PNL, é feito um estudo em laboratório para se descobrir como o cérebro reage a determinados estímulos, seja ele ao beber um refrigerante ou beijar sua namorada. Digamos que esses estímulos acendem alguma área do cérebro, e assim podemos perceber o que ele vê em determinada ação. Por exemplo: colocamos no laboratório um grupo de pessoas assistindo a um comercial de TV e monitoramos suas atividades cerebrais.
Com esse conhecimento sobre o cérebro e com nosso conhecimento em Marketing seria fastástico se pudéssemos aplicar as diretrizes da PNL em estudar o consumidor, como ele reage em uma compra e o que faz o consumidor escolher um determinado produto. Esse estudo é conhecido como Neuromarketing, que é o assunto que mais nos interessa.
O Neuromarketing veio tentar explicar certos comportamentos dos consumidores e estudar como melhor atingí-los para vencer a batalha da concorrência. Uma técnica comum e bem conhecida no Neuromarketing era o teste cego. Sempre ouvimos dizer que a Pepsi se sobressai com a Coca-Cola em testes cegos, então por que a Coca-Cola é líder disparada no mercado de refrigerantes? A primeira resposta a essa pergunta é o fato de as pessoas experimentarem apenas um gole do produto, achando a Pepsi mais doce e gostosa mesmo, porém quando bebem a garrafa inteira, o produto se torna mais enjoativo. Mas e se o consumidor puder ver o produto que está bebendo? Com esse teste a Coca-cola fica na margem de 75% da preferência.
Como podemos explicar isso? Com exames neurológicos e as experiências em PNL e Marketing, cientistas chegaram à conclusão de que isso tudo se liga em como o seu cérebro toma decisões, sempre feitas em milésimos de segundo, deixando o veredito de uma compra a cargo de uma briga interna entre o lado racional e o lado emocional de nosso cérebro. O que geralmento acontece é que o lado emocional acaba ganhando. Toda a associação é feita com a história, marca, cores e propagandas, derrotando a preferência do lado racional pelo gosto mais doce e aparentemente melhor da Pepsi, fazendo assim a maior escolha ser da Coca-cola.
Isso tudo nos faz refletir em quanto o Marketing e a publicidade são importantes em nossa sociedade capitalista. Imagine como seria entrar em um supermercado e não saber qual produto escolher… em uma realidade onde todos os produtos têm embalagens brancas e com letras pretas escrito apenas “Creme Dental”, como você saberá qual o produto mais indicados pelos dentistas? Ou qual é o mais utilizado pelo? Todos esses estudos são importantes quando pensamos em como emocionar o nosso público e como criar um produto que, além de criar clientes, pode criar fãs aficionados e amantes de nossa marca, tais como usuários de produtos Apple e pessoas apaixonadas por Coca-Cola.
O assunto “PNL” é imenso e não caberia em um só post, mas quem se interessou sobre Programação Neurolinguística pode pesquisar mais no Golfinho.com.br, um portal repleto de artigos sobre o tema. Quem busca um conteúdo mais divertido sobre o funcionamento do cérebro (e sobre como funcionam os testes neurológicos) pode assistir ao episódio do Nerdcast que trata sobre neurociência (Nerdcast 302 – Notas mentais sobre neurociência). No Slideshare também está disponibilizada uma aprentação sobre o assunto, chamada Neuromarketing: Journey The emotional gold mine.